Tempo de setup na fábrica, o que é isso?

fabrica

Tempo de setup é o período em que a produção é interrompida para que os equipamentos sejam ajustados ou reconfigurados para entrada de novos produtos na linha de produção, ou para preparo e troca de ferramentas usadas na produção.

Esse tempo ocorre durante vários estágios da produção, para aperfeiçoar a produção aumentando os lucros, por isso mesmo é muito importante que seja feito sempre que necessário.

Ele é contado desde a saída da última peça do equipamento antes do setup, até a saída da primeira peça depois do setup.

Quando fazer o tempo de setup:

Esse tempo em que a máquina fica parada para fazer o setup, não é tempo perdido, é um investimento que deve ser feito regularmente par evitar danos ou desgastes desnecessários no equipamento.

Quando o equipamento produz um único tipo de produto, esse tempo de setup é basicamente para corrigir defeitos, limpeza ou manutenção básica.

Porém quando o equipamento produz dois ou mais produtos diferentes, ainda que usando o mesmo tipo de material, é necessário que se faça o setup mais regularmente, pois além da limpeza e manutenção básica, a cada troca de produto é necessário que se faça a parada para um reajuste da máquina à produção do novo produto.

Todo o equipamento comprado por uma empresa para a produção de produtos é um investimento e por isso mesmo merece atenção, pois eles é que gerarão o lucro para a empresa, desta forma, devem ser bem cuidados para que não haja despesas com peças quebradas ou desgastadas.

Setup interno e setup externo

O setup interno é feito quando há a necessidade de parar o equipamento. Durante este tempo a maquina não produz, e é exatamente neste tipo de setup que há mais necessidade de agilidade e aproveitamento do tempo, para que não haja prejuízos com a parada.

O setup externo permite que se realize o procedimento com o equipamento em funcionamento, não acarretando retardamento na produção.

Como reduzir o tempo de setup

Na linha de produção, alguns minutos pode fazer uma diferença enorme, portanto, reduzir o tempo de setup é maximizar a produção.

Comumente chamado de SMED (Single minute exchange of die), ou TRF (Troca rápida de ferramentas), é a técnica aplicada para diminuir o tempo de setup, são alguns passos que visam facilitar o procedimento e otimizar o tempo dispensado com o setup.

O SMED é geralmente aplicado em etapas:

  1. Identificar as atividades do setup, fazendo um check-list de todo o processo do setup, abrangendo atividades técnicas executadas e acessibilidades as ferramentas usadas.
  2. Fazer uma analise de todo o processo do setup, em busca de falhas e ver a melhor forma possível de corrigir essas falhas antes de começar o processo de setup.
  3. Melhorar as atividades do setup interno, procurar melhorar o posicionamento das ferramentas e eliminar a necessidades de apertos de porcas e parafusos através de gabaritos.
  4. Fazer um roteiro para as atividades de preparação melhora o tempo do setup externo.
  5. Executar operações simultâneas, usar dois ou mais operários para realizar a tarefa de setup simultaneamente pode reduzir em muito o tempo dispensado para essa função.
  6. Padronizar as atividades de setup registrando e documentando todas as melhorias alcançadas é uma maneira de agilizar o processo e diminuir o tempo da maquina parada.

Uma observação a ser feita é que os operadores de setup devem entender do funcionamento e das características de cada equipamento, não deixando essa função na mão de pessoas que não tenham profundo conhecimento do que estão fazendo.

É muito importante ter pessoas em quem confiar para essa função, seja o operador da maquina, ou mesmo um terceiro contratado especialmente para isso.

Como funciona o tempo de setup na sua empresa? Você otimiza esse tempo constantemente? Deixa nos comentários a sua experiência ou a sua dúvida!

Entenda o que é a indústria 4.0

Você frequentemente escuta em falar indústria 4.0 mas ainda não sabe o que significa? Fique tranquilo que vamos explicar. Indústria 4.0, em poucas palavras, refere-se a quarta revolução industrial. Antes de aprofundar na indústria 4.0 vamos fazer um traçado histórico da evolução da indústria.

Entendendo um pouco sobre as revoluções industriais

Primeira Revolução Industrial

A primeira revolução industrial consiste um conjunto de mudanças que ocorreram na Europa, em especial na Inglaterra, entre os séculos XVIII e XIX. A marca da primeira revolução industrial foi o início da substituição do trabalho artesanal pelo trabalho industrial, realizado por máquinas. O principal resultado foi o desenvolvimento da indústria ligada ao algodão, em especial o tear mecânico.

Segunda Revolução Industrial

A segunda revolução industrial iniciou-se na segunda metade do século XIX. Expandiu-se rapidamente além da Europa, chegando até os Estados Unidos. Ficou marcada pelo desenvolvimento da indústria do aço, uso das energias derivada de petróleo e da invenção do motor a explosão. A invenção do motor, por exemplo, permitiu uma nova forma de transpor barreiras físicas através da locomotiva.

Terceira Revolução Industrial

A terceira revolução industrial ou revolução tecno-científica teve início depois da metade do século XX e aconteceu de forma globalizada em países considerados de primeiro mundo. Marcado pelos hardware, software, engenharia genética e energia atômica. Começou a agregar o conhecimento necessário para desenvolver um produto no valor do mesmo.

Evolução até o momento

Antes de adentrar na indústria 4.0 ou quarta revolução industrial, vamos desenvolver uma progressão da informação. Na primeira revolução industrial temos que a informação é transmitida, ainda, por meio de papéis, sendo lenta e tendo inúmeras barreiras físicas. Já na segunda temos um grande passo com o uso de rádio que permitia transmissão de informação a distâncias maiores. Na terceira temos os computadores e a Internet que quebrou as barreiras físicas e aumentou, colossalmente, a quantidade de informação disponível.

Quarta Revolução Industrial

A quarta revolução industrial, a indústria 4.0, consiste na utilização de conceitos como Computação em Nuvem, Internet das Coisas, Sistemas Cognitivos e muitos outros. Por ser recente e, ainda, em progresso é difícil defini-la e compreender suas proporções. Em geral, a indústria 4.0 considera tecnologias de automação com a visão fábricas inteligentes. Fábricas inteligentes são a junção de 3 grandes módulos: módulo ciber-físico que monitoram processos físicos e os criam na rede virtual. O controle a distância de processos físicos pode realizado a distância por humanos. O terceiro então é a própria rede. Sendo assim é a incorporação das máquinas, humanos e a rede.

Características da indústria 4.0

A definição é e compressão da indústria 4.0 é resultado de dois grandes motivos: a tecnologia de ponta utilizada e por ser muito recente. Apesar disso, tem alguns princípios básicos muito bem definidos que vamos discorrer, um a um, a seguir.
Virtualização: os processos físicos são monitorados por sensores que fazem uma cópia virtual do processo físico. Em outras palavras, consiste na digitalização do processo.
Descentralização: é, basicamente, a não necessidade da intervenção humana para a tomada de decisões para execução de processos. A mão de obra humana é opcional.
Tempo real: como o próprio termo diz é a coleta, monitoramento e análise dos dados em tempo real. Lembrando que dados esses são relativos aos processos, como número de carros produzidos por uma empresa a cada dia.
Interoperabilidade: a possibilidade de integrar a comunicação entre os humanos e os maquinários através da computação em nuvem e da internet.
Esperamos que tenha ficado claro que a indústria 4.0 é a quarta revolução industrial. Ainda está em processo e por isso é difícil definir seus limites e resultados. Até o momento o principal resultado é a automatização de fábricas, sem a necessidade de operação humana.

Ficou claro? Tem alguma informação importante a adicionar? Incentivamos que deixe suas opiniões sobre como a indústria 4.0 afetará as relações de trabalho e seus principais resultados para a economia.